Relato do meu parto

Hello! Estou de volta!!! Demorei, mas voltei!!! 

Até então não tinha como, nem porque uma recém parida ir direto para o computador e ficar escrevendo no blog não é mesmo?! rsrsrs

Meu Gustavo já está com 1 mês e 9 dias e cresce super saudável graças á Deus.

Bom, infelizmente não tive o parto normal que tanto sonhava... :(

Mas minha cesárea foi ótima, apesar dos 3 primeiros dias eu ter me arrependido de ter feito a cirurgia, me arrependido até de ter engravidado e me arrependido até de ter nascido! Ãh?!

Sério... a dor pós cirúrgica é t.e.n.s.a ! Meu Deus!

Autorizei minha médica a marcar a cirurgia porque Gustavo resolveu desvirar, subir e ficar atravessado e encolhido igual a um tatuzinho, isso na 39ª semana de gravidez, e como não havia o menor sinal de contração, dilatação e nem o raio do colo do útero tinha afinado ainda e eu já estava pra lá de irritada, ansiosa, tensa, cansada, desconfortável e enormemente pesada ( 76kg, oi?!),... não aguentava mais nenhuma semana se quer!!! Eu poderia ter esperado mais para ver se meu corpo se manifestava, poderia mesmo, mas sinceramente, não aguentava mais e ainda tinha a possibilidade (sempre tem) de esperar até completar 40 ou 41 ou até 42 semanas e ele continuar virado e eu ter esperado todo esse tempo e ter que acabar fazendo a cesárea mesmo. Então fui na consulta numa quarta feira e ela marcou para sábado , 28 de janeiro.

Fiquei super nervosa e mal consegui dormir, tive até dor de barriga, afinal mal podia acreditar que o "GRANDE DIA" tinha finalmente chegado. Eu já tinha a impressão de que ficaria eternamente grávida, com aquele barrigão enorme e pesado, rsrsrs.

Fiquei em jejum a partir das 6:30h da manhã e como a cirurgia estava marcada para às 12:00h, chegamos no hospital, eu meu esposo e minha mãe às 11:15h. Foi rápido, não demorou uns 20min para resolver os tramites do plano de saúde e já pediram para eu subir para o centro cirúrgico que já iriam me preparar e colocaram aquela pulseirinha de internação no meu braço... ui... comecei a suar...

E suei mais ainda quando fui informada de que meu esposo não poderia ficar na sala comigo, mas tudo bem, Deus estava comigo e a todo momento sentia a presença dele me acalmando e me confortando. Me despedi da minha mãe e marido e fui para a sala, a enfermeira super simpática e até amorosa, foi me acalmando e conversando comigo pois nem minha veia ela achava e nem  esparadrapo nenhum colava em mim de tanto que minha mão suava. Deu certo, me aclamei e 10min depois chegou de uma só vez anestesista, pediatra e minha médica que trouxe a filha dela que também é obstetra para auxiliar no meu parto. Todos foram extremamente gentis comigo, a todo momento conversando comigo e explicando os procedimentos. A hora da anestesia eu preferiria esquecer, é difícil ter que relaxar o corpo quando alguém enfia uma agulha na sua coluna, e por não conseguir relaxar no início, para a minha tristeza o anestesista teve de repetir algumas vezes as agulhadas, mais uma vez a enfermeira me ajudou a me acalmar e apertei a mão dela (coitada!) para conseguir.

Tudo certo e com mais uns 10min, ouvi um choro (grito na verdade) mais lindo da minha vida!!! 
E chorei junto, vi pelo vidro a imagem do pediatra tirando meu filho de dentro de mim. E o mostraram através de outro vidro para meu marido e minha mãe.
Orei, agradecendo a Deus, nunca senti uma emoção tão grande como naquele momento, ufa, todo o desconforto dos últimos meses tinha valido a pena e muito!

Chorava sem parar e me trouxeram meu filho, não acreditava que enfim estava vendo aquele rostinho tão lindo, branquinho, já quietinho e colocaram bem pertinho do meu rosto, nariz com nariz, chorei mais ainda, rsrsrs e disse: oi MEU filho...Logo vi, tinha meu nariz.
Gustavo nasceu lindo com 3,360kg e 48 cm às 12:51h de 28 de janeiro de 2012.

O levaram para dar banho e meu marido foi junto enquanto terminavam minha cirurgia. 

Agradeci a todos e ficaram só as enfermeiras comigo na sala e me levaram para o quarto, demorou um pouco para me trazerem ele, mas meu marido estava lá com ele e minha mãe no quarto comigo dizendo o quanto ele era lindo e como parecia comigo, e eu só chorava.

Depois me trouxeram ele e ele mamou pela 1ª vez, tão quietinho, uma pele que parecia um pêssego de tão sedosa, ainda não acreditava que era mãe...

Enfim... de lá pra cá nesse 1 mês e 9 dias parece que já passou muito mais tempo, tive dificuldades em amamentar, seios feridos, sangrando, Gustavo não conseguia sugar e demorava para achar o bico do seio (nem sabia que o bebê tinha de aprender a sugar), eu pensava que amamentar era fácil, só colocar o bebê no seio que ele sugava naturalmente... Ele já teve conjuntivite, já perdi a noção de dia e noite, já dormi amamentando, tive crise de choro por exaustão, já passei o dia sem conseguir se quer escovar os dentes... enfim...

Mas a cada dia que passa nos apaixonamos mais e mais por esse garotinho que chegou para mudar as nossas vidas. E só com um sorriso os problemas da vida, do mundo, simplesmente desaparecem... Incrível!!!

Todas as vezes que olho para ele vejo  a existência de Deus e sinto o grande amor dele por mim, pois é um milagre ter um filho. Assim que eu e meu marido estamos nos sentindo, como se Deus nos tivesse contemplado com um milagre.

Como é bom ser mãe.